domingo, 27 de julho de 2014

A BÍBLIA COMO INSTRUMENTO DA MISSÃO DA IGREJA.

Parafraseando as palavras do poeta Castro Alves no que diz:

 


Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germe — que faz a palma,
É chuva — que faz o mar.

Parafraseando:

Oh! Bendito o que semeia
Bíblias... Bíblias à mão cheia...
E manda o povo ler e pensar!
A Bíblia caindo n'alma
É germe — que transforma a alma,
É Cristo — que transforma vida e leva para o céu!





SEM A BÍBLIA A EVANHELIZAÇÃO E MISSÃO DA IGREJA ESTÁ COMPROMETIDA.
SEM A BÍBLIA NÃO TEMOS NADA PARA OFERECER.


“Sem a Bíblia, a evangelização do mundo é impossível, pois sem ela não temos nenhum evangelho para levar às nações, nenhuma garantia para oferecer, nenhuma ideia de como fazer a tarefa e nenhuma esperança de sucesso. É a Bíblia que nos dá o mandato, a mensagem, o modelo e o poder de que precisamos para a evangelização do mundo”
O ponto de partida e o ponto de chegada em qualquer consciência missionária está no ‘Manual de Instrução’ de Deus, a Bíblia.


Sem a Bíblia, a evangelização do mundo seria não apenas impossível, mas também inconcebível. A Bíblia impõe-nos a responsabilidade de evangelizar o mundo, dá-nos um evangelho a proclamar, diz-nos como fazê-lo e declara-se o poder de Deus para a salvação de cada crente. Além disso, é fato, na história passada e contemporânea, que o grau de compromisso da Igreja com a evangelização do mundo é proporcional ao grau de sua convicção da autoridade da Bíblia. Sempre que o cristão perde a confiança na Bíblia, seu zelo pela evangelização acaba se esvaindo. Inversamente, se ele estiver convencido acerca da Bíblia, estará também determinado a evangelizar (John R.W. Stott R.W. Perspectivas no movimento cristão mundial. p. 19).
A bem da verdade, a Bíblia tem sido pouco utilizada nas atividades diárias e evangelísticas da igreja.

A ERA CRISTÃ ESTÁ PASSANDO!!!
APENAS LENÇOIS DE LINHOS E VISÕES DE ANJOS.


O desafio religioso de ontem requeria de nós que não perdêssemos de vista a transcendência da fé enquanto acentuávamos a dimensão da encarnação dessa mesma fé. O desafio religioso dos dias atuais requer que não se perca de vista o caráter absoluto da fé e a realidade convencional e ética do evangelho. Às vezes, no entanto, nos parece que esquecemos que esta é uma oportunidade ao mesmo tempo rica e perigosa. É preciso discernir que a ‘abertura’ para a religião não é sinônimo de ‘doxologia’ e sede do Deus da Bíblia. Que a busca da ‘experiência’ não nos leva, necessariamente, aos pés da Cruz. Que o encontro com a transcendência não quer dizer que ouve um encontro real com Cristo crucificado.
No texto de Lucas 24:13-35, os discípulos decepcionados fazem referência a um encontro que não aconteceu. Pois na busca pelo corpo de Cristo crucificado, dá-se um encontro com anjos, que anunciam que o Cristo já não está morto, mas vivo. Mas, como diz Lucas, “a ele não o viram”. O Evangelho de João fala dos lençóis de linhos (João 20:1ss)., que dão a pista mas não concretizam o encontro com o Cristo crucificado. Confesso que um dos temores que transita o meu coração, é que nestes tempos de sede e abertura religiosa (numerologia/ frenesi/politicagem...), a igreja não esteja levando as pessoas para além de um encontro com os ‘”lençóis de linhos”. Às vezes até está promovendo visões e “encontro com anjos”. Mas ao final desde caminho, é sempre difícil e trágico ter de concluir que “a ele não no viram”.
A fé cristã quer ir e vai além dos “lençóis de linhos” e das “visões de anjos”. A fé cristã nasce e culmina no encontro vivo com o Cristo ressurreto, que carrega nas mãos as marcas da crucificação. Nada mais nada menos do que isso. E se não chegarmos a este encontro com o Cristo da Cruz, e de Lucas 4:18-19, tudo o que temos é movimento religioso. Realidade virtual, frenesi religioso, com gosto falso de experiência cristã. Experiência essa, onde os templos continuam com sua lotação máxima, mas o mundo continua se desintegrando em sua putrefação e decomposição moral e social.
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Rev. Misael Ferreira de Oliveira. Trabalho apresentado ao Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper (CPAJ) como parte dos requisitos da Estrutura Curricular do curso: Mestrado em Divindade - Magister Divinitatis (M.Div) com ênfase em Plantação de Igreja e Missões Urbanas. p. 08