Leia: Salmo 23:1-6
“Refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” – Salmo 23:3.
Nos desertos cálidos da Palestina, tribos nômades de beduínos ainda hoje transitam de um lado para outro procurando soluções para os seus problemas e os de sua família. Durante o dia, o sol, companheiro inseparável que com seu olhar atento a tudo aquece com calor esturricante (extremamente quente). À noite, pela inexistência de nuvens, o frio chega a ser insuportável.
Porém, o escaravelho, habitante enigmático dessa região, perfila com seus companheiros nas quinas das dunas de areia para captar água por meio de suas antenas e se dessedentar. No deserto também há vida. O clamor do salmista é bem o de todos nós: “refrigera-me a alma”, Salmo 23:3.
Quem já não sentiu o peso da existência a curvar-lhe os ombros? Quem já não se sentiu só apenas na companhia de seus próprios problemas? Quem já não se percebeu com tanto a fazer, mas sem saber por onde começar?
Há algumas coisas no deserto que me encantam e me atraem: a sua vastidão, o seu silêncio só quebrado pelo gemido do vento a transportar dunas de areia redesenhando sua configuração física, e a oportunidade de olhar para cima e ver todas as estrelas.
O nosso deserto pode ser o momento que Deus está nos dando para um olhar mais atento para nós mesmos, para aqueles que nos rodeiam e para Ele, nosso Criador e Benfeitor.
As muitas vozes de nossas preocupações diárias debilitam nossa sensibilidade para as verdades fundamentais. O deserto que Deus nos proporciona pode ser o instrumento para nos reconduzir a elas.
ORE: Senhor Jesus! Ajuda-me a entender que meus problemas diários são oportunidades para a minha disciplina cristã e o meu crescimento espiritual. Em teu nome. Amém!
Pense: Somente valorizamos alguns bens de nossa vida, quando imaginamos tudo estar perdido.