Parafraseando
as palavras do poeta Castro Alves no que diz:
Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
O livro caindo n'alma
É germe — que faz a palma,
É chuva — que faz o mar.
Parafraseando:
Oh! Bendito o que semeia
Bíblias... Bíblias à mão cheia...
E manda o povo ler e pensar!
A Bíblia caindo n'alma
É germe — que transforma a alma,
É Cristo
— que transforma vida e leva para o céu!
SEM A BÍBLIA A EVANHELIZAÇÃO E MISSÃO DA IGREJA ESTÁ COMPROMETIDA.
SEM A BÍBLIA NÃO TEMOS NADA PARA OFERECER.
“Sem a Bíblia, a evangelização do mundo é
impossível, pois sem ela não temos nenhum evangelho para levar às nações,
nenhuma garantia para oferecer, nenhuma ideia de como fazer a tarefa e nenhuma
esperança de sucesso. É a Bíblia que nos dá o mandato, a mensagem, o modelo e o
poder de que precisamos para a evangelização do mundo”
O ponto de partida e o ponto de chegada em qualquer consciência missionária
está no ‘Manual de Instrução’ de Deus, a Bíblia.
Sem a Bíblia, a evangelização do mundo seria não
apenas impossível, mas também inconcebível. A Bíblia impõe-nos a
responsabilidade de evangelizar o mundo, dá-nos um evangelho a proclamar,
diz-nos como fazê-lo e declara-se o poder de Deus para a salvação de cada
crente. Além disso, é fato, na história passada e contemporânea, que o grau de
compromisso da Igreja com a evangelização do mundo é proporcional ao grau de
sua convicção da autoridade da Bíblia. Sempre que o cristão perde a confiança
na Bíblia, seu zelo pela evangelização acaba se esvaindo. Inversamente, se ele
estiver convencido acerca da Bíblia, estará também determinado a evangelizar
(John R.W. Stott R.W. Perspectivas no movimento cristão
mundial. p. 19).
A bem da verdade, a Bíblia tem sido pouco utilizada
nas atividades diárias e evangelísticas da igreja.
A ERA CRISTÃ ESTÁ PASSANDO!!!
APENAS LENÇOIS DE LINHOS E VISÕES DE ANJOS.
O desafio religioso de ontem requeria de nós que
não perdêssemos de vista a transcendência da fé enquanto acentuávamos a
dimensão da encarnação dessa mesma fé. O desafio religioso dos dias atuais
requer que não se perca de vista o caráter absoluto da fé e a realidade
convencional e ética do evangelho. Às vezes, no entanto, nos parece que
esquecemos que esta é uma oportunidade ao mesmo tempo rica e perigosa. É
preciso discernir que a ‘abertura’ para a religião não é sinônimo de ‘doxologia’
e sede do Deus da Bíblia. Que a busca da ‘experiência’ não nos leva,
necessariamente, aos pés da Cruz. Que o encontro com a transcendência não quer
dizer que ouve um encontro real com Cristo crucificado.
No texto de Lucas 24:13-35, os discípulos
decepcionados fazem referência a um encontro que não aconteceu. Pois na busca
pelo corpo de Cristo crucificado, dá-se um encontro com anjos, que anunciam que
o Cristo já não está morto, mas vivo. Mas, como diz Lucas, “a ele não o viram”.
O Evangelho de João fala dos lençóis de linhos (João 20:1ss)., que dão a pista
mas não concretizam o encontro com o Cristo crucificado. Confesso que um dos
temores que transita o meu coração, é que nestes tempos de sede e abertura
religiosa (numerologia/ frenesi/politicagem...), a igreja não esteja levando as
pessoas para além de um encontro com os ‘”lençóis de linhos”. Às vezes até está
promovendo visões e “encontro com anjos”. Mas ao final desde caminho, é sempre
difícil e trágico ter de concluir que “a ele não no viram”.
A fé cristã quer ir e vai além dos “lençóis de linhos” e das “visões de anjos”. A fé
cristã nasce e culmina no encontro vivo com o Cristo ressurreto, que carrega
nas mãos as marcas da crucificação. Nada mais nada menos do que isso. E se não
chegarmos a este encontro com o Cristo da Cruz, e de Lucas 4:18-19, tudo o que
temos é movimento religioso. Realidade virtual, frenesi religioso, com gosto
falso de experiência cristã. Experiência essa, onde os templos continuam com
sua lotação máxima, mas o mundo continua se desintegrando em sua putrefação e
decomposição moral e social.
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Rev. Misael
Ferreira de Oliveira. Trabalho apresentado ao Centro Presbiteriano de
Pós-Graduação Andrew Jumper (CPAJ) como parte dos requisitos da Estrutura
Curricular do curso: Mestrado em Divindade - Magister Divinitatis (M.Div) com
ênfase em Plantação de Igreja e Missões Urbanas. p. 08