A BÍBLIA NA EVANGELIZAÇÃO E MISSÃO DA IGREJA.
O Projeto Macedônia (Organizado em 31 de Agosto de 2008), é um projeto missionário que harmoniza ORTODOXIA e ORTOPRAXIA - SACERDOTALISMO (Fé é obras). O Rev. Misael é autor e coordenador. Mestre em Missões Urbanas. Pós-graduado em Sociologia e Filosofia - Secretário presbiterial de evangelização e missões do Presbitério de Cabo Frio, RJ. - Assistindo os santos em suas necessidades conf. Gl 2:10. (Mc 16:15)
“Fizeram chegar a ele o grito do pobre, e ele ouviu
o clamor do necessitado” (Jó 34.28)
O grito do pobre é mais perigoso do que o
equipamento de um soldado americano e do que o equipamento de um homem-bomba.
Por uma única e simples razão: o grito do pobre costuma chegar até os ouvidos
de Deus, o Senhor Todo-Poderoso! (Tg 5.4). Devemos ter medo do grito do
pobre. Estamos muito atrasados na arte de levar a sério o grito do pobre. Ele
tem gritado há muito tempo. E seus gritos têm entrado até os ouvidos de Deus, o
Senhor Todo-Poderoso, há muito tempo. Talvez não haja mais tempo para se ouvir
o grito do pobre. Talvez seja tarde demais para tentar ouvi-lo.
Enquanto os poderosos têm portões de ferro ao redor
de suas casas, seguranças do lado de dentro e do lado de fora, sistemas
sofisticados de proteção eletrônica, coletes à prova de balas, carros blindados
e helicópteros protegendo-os por cima -- os pobres têm apenas o recurso do
grito. Mas o grito do pobre -- quando é dirigido ao céu, em direção ao alto e
sublime trono onde se assenta o Todo-Poderoso -- é muito perigoso.
Pode ser que o Todo-Poderoso deixe acumular os
gritos do pobre e só se manifeste sobre eles no juízo final. Mas é muito mais
provável que ele já esteja ouvindo esses gritos e tomando providências, sem que
os verdadeiros opressores, os verdadeiros culpados, os verdadeiros responsáveis
tenham acordado para o fato.
A agitação, a insegurança e a insatisfação não
seriam manifestações da justiça divina? A violência urbana, o narcotráfico e a
corrupção generalizada não seriam manifestações da justiça divina? As duas
grandes guerras mundiais da primeira metade do século 20 e as muitas outras
guerras que se seguiram a elas não seriam manifestações da justiça de Deus? As
revelações do que acontece sob a ditadura da direita (o nazismo na Alemanha) e
a ditadura da esquerda (o comunismo na União Soviética) não seriam
manifestações da justiça de Deus? O aumento e a sofisticação do poderio bélico
e a proliferação dos arsenais nucleares não seria manifestação da justiça
divina? A humilhação provocada pela derrubada das Torres Gêmeas e pelo fracasso
da Guerra do Iraque não seriam manifestações da justiça divina? O índice de
suicídio em países desenvolvidos não seria manifestação da justiça divina? As
apreensões quanto ao sucesso e aos riscos da tecnologia avançada de nossos dias
não seriam manifestações da justiça divina? Os danos quase irreversíveis da
destruição ambiental e suas graves consequências não seriam manifestações da
justiça divina?
Precisamos descobrir com urgência que nada é pior
para a humanidade do que quando Deus retira o cabresto e o freio e deixa o ser
humano ao léu de sua vontade (Rm 1.24-27).
Talvez haja lugar para a riqueza isenta de fraude, de opressão, de aproveitamento das leis injustas e de subornos, uma riqueza limpa e altruísta. Nesse caso não haverá o grito do pobre. Ele não terá do que se queixar, pois não foi usado, não foi explorado. Ao contrário, o rico dividiu com ele alguns dos seus bens e não o deixou sem pão, sem roupa, sem teto e sem emprego. (Revista Ultimato - Edição 363 - Novembro-Dezembro 2016). @MisaelRev
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