A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma igreja ou denominação cristã protestante presbiteriana do Brasil. Foi fundada em 1862 por um missionário estadunidense chamado Ashbel Green Simonton, que chegou ao Rio de Janeiro no dia 12 de agosto de 1859.
Portanto, o surgimento do presbiterianismo no Brasil resultou do trabalho missionário do americano Ashbel Green Simonton (1833-1867), que chegou ao Rio de Janeiro em 12 de agosto de 1859 (1859-2011 = 152 anos), aos 26 anos de idade. Em abril de 1860, Simonton dirigiu o seu primeiro culto em português; em janeiro de 1862 foi fundada a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro.
Em razão desse fato histórico, o mês de agosto é o mês missionário da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Durante esses 152 anos de história, a Igreja perdeu muito de sua essência, de sua identidade, de sua característica missionária. Afastou-se muito de seu alvo. Seu brilho, seu vigor missionário foi sucumbido por interesses ‘outros’. A igreja preferiu os cargos em vez das cargas uns dos outros (Galatas 6:2).
O cristianismo histórico aproximou-se em muito da intolerencia (constitucional) dos fariseus, que davam maior valor às suas próprias normas a respeito do cumprimento do quarto mandamento do que ao amor ao próximo (João 5:16-18). O legalismo, o politicismo promove a indiferência, intolerância e a insensibilidade no coração dos humanos em suas atitudes para com as outras pessoas. Em seu rigor religioso, os fariseus não mostraram nenhum grau de compreensão e alegria pelo fato de este homem estar curado, carregando sua própria esteira. Em vez de se alegrarem por este homem ter sido curado e, a partir de agora, poder adorar a Deus no sábado, os fariseus o acusaram de quebrar a Lei... Com seu rigor excessivo, os fariseus contaminaram a alegria que o homem sentia em poder andar novamente. Constata-se com lamento que aqueles que dispontam com a manifestação de fazer e está dentro da vontade de Deus, “para quem sai andando e chorando enquanto semeia”, (Sl 126:5) fazendo missões em solo árido com as sementes disponíveis em suas mãos, são deixados para trás, podados, ignorados e têm sua alegria e vocação contaminada por grupos que parece sentirem-se ameaçados. Simonton previa esses dias dificeis: “Peço a Deus paciência, fé, submissão e preparo para o pior. Deus é sábio e não faz mal. Cristo está com aqueles que obedecem à Sua vontade...” (Ashbel Green Simonton. Em 28/04/1860).
É preciso repensar a forma de ser igreja hoje. Busquemos respostas para questões inquietantes que assolam a vocação missionária da igreja: Por que e onde paramos de crescer? As palavras do pioneiro Ashbel Green Simonton há 152 anos nos dão a primeira pista: “É preciso haver entendimento e também fervor, pois se o coração tiver calor sem luz, nada de divino ou celestial haverá nele. Por outro lado, a luz sem calor, uma mente repleta de noções e especulações com o coração frio e indiferente, também nada terá de divino”.
“A própria pressão e a atividade da vida exterior têm empanado a minha comunhão com aquele para quem esses mesmos serviços são feitos. Quantas vezes minhas devoções são formais e apressadas, ou perturbadas por pensamentos de planos para o dia! E pecados, muitas vezes confessados e lamentados, têm mantido seu poder sobre mim. Quem me dera um batismo de fogo que consumisse minhas escórias! Quem me dera um coração totalmente para Cristo!”
A tarefa primária da Igreja Cristã é fazer missões para a glória e honra de Cristo. Quando a igreja perde sua visão missionária ela entra em declinio e morre. “A tarefa primária de qualquer igreja é fazer o Evangelho conhecido até os confins da terra. É com a finalidade de reproduzir-se, que a comunidade eleita, a qual Cristo redimiu pela sua morte, deve continuamente crescer e crescer até atingir a sua totalidade. Este é o propósito da igreja. O tema da igreja, seja ela a igreja primitiva, a igreja de hoje, ou qualquer outra igreja é evangelis-mo e expansão. Você pode indagar: E a edificação? Bem, o propósito da edificação é evangelização. Nós treinamos e ensinamos para que os crentes saiam e compartilhem o Evangelho de Cristo. A evangelização é o alvo final”. (John MacArthur Jr. A Igreja Ideal).
Ser um missionário é ser disciúlo de Jesus Cristo. Todo discipulo tem o desejo de ser parecido com seu mestre. Ser discipulo de Jesus é está sob suas ordenanças esforçando para imitá-lo em tudo. Pois “...o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele”. (Atos 10:38; Lucas 6:27-36 – Jesus andava por toda parte fazendo o bem as pessoas. Jesus fez o bem ensinando, curando, alimentando e confortando as pessoas porque Ele gostava de gente como eu. Precisamos amar as pessoas piores do que nós! Jesus é o perfeito exemplo para nós. Para sermos como nosso Salvador e Seus primeiros seguidores, deveríamos perguntar a nós mesmos cada dia: “Que coisa boa posso fazer hoje em nome de Jesus?” Quando fizermos o bem estaremos oferecendo um sacrifício que agrada a Deus (Hebreus 13:16) e que atrai as pessoas para Ele (Mateus 5:16). Certa vez alguém disse: “O que você faz de bom hoje será esquecido amanhã. Mesmo assim faça o bem”).
Logo, todos nós, chamados Cristãos, crentes, seguidores de Cristo, recebemos dEle a incumbência de pregar o Evangelho, portanto, todos nós somos missionários.
“Toda vez que membros da igreja se encontram com aqueles que estão fora da igreja, são missionários da igreja, voluntaria ou involuntariamente. Seu próprio ser é missionário” (Paul Tillich). Daí vem a grande verdade proferida pelo Rev. Gulhermino Cunha: “O crente que não evangeliza é evangelizado. O crente que não é um missionário, é um campo missionário. O crente que não investe em sua igreja, outras igrejas investem nele. Quem não trabalha dá trabalho”.
Ser missionário hoje significa ser chamado a comunicar e anunciar o amor de Deus num mundo tão desorientado, num mundo que perdeu praticamente as suas referencias. A luz das Escrituras Sagradas, entendo o missionário como alguém que quer apenas e tão somente viver a palavra de Deus dentro de sua comunidade, de seu contexto. Mas não apenas para seu próprio proveito e sim a glória de Deus e para mostrar aos seus contemporâneos que existe possibilidade de achar um sentido para a vida (João 10:10).
Um missionário é alguém que encontrou a pérola preciosa “O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra”. (Mt 13:45,46). Jesus Cristo é a pérola verdadeira e de valor inigualável, o resto é bijuteria. A salvação outorgada por Deus nos méritos de Jesus deve ser considerada nosso único tesouro, e devemos valorizá-lo acima de tudo. Se preciso for, é mister abandonar tudo o mais a fim de reter esse tesouro! Nesse tesouro é que deve estar a nossa alegria!Nesse tesouro é que deve está a nossa visão e vocação missionária!
Rev. Misael Ferreira de Oliveira
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