O Projeto Macedônia (Organizado em 31 de Agosto de 2008), é um projeto missionário que harmoniza ORTODOXIA e ORTOPRAXIA - SACERDOTALISMO (Fé é obras). O Rev. Misael é autor e coordenador. Mestre em Missões Urbanas. Pós-graduado em Sociologia e Filosofia - Secretário presbiterial de evangelização e missões do Presbitério de Cabo Frio, RJ. - Assistindo os santos em suas necessidades conf. Gl 2:10. (Mc 16:15)
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Os Cinco Pontos Bíblicos do Calvinismo
“Para que nos livrarmos
da predestinação teremos de manifestar disposição de rebaixar nosso DEUS a um deus.” (Benjamin B. Warfield).
1º. Depravação Total do Ser Humano (A herança adâmica). Doutrina da total incapacidade moral do
homem como resultado da queda. Sl 51:5; Is 1:6; Rm 3:10-11; 5:12-14; 7:14-19; 1 Co 2:14; Jo 8:43-44. “Todos
pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3:23; 5:12). Todos foram feitos réus
convictos perante o tribunal de Deus. Ninguém, quer judeu, quer grego, pode
reclamar qualquer direito à Sua misericórdia. Se houver esperança para alguém,
esta tem de depender exclusivamente da graça de Deus.
2º. Eleição Incondicional. É a idéias de uma predestinação que está enraizada nos
decretos sapientíssimo da soberania de Deus desde toda a eternidade na qual o
número dos eleitos é fixo. Sl 119:18; Mc 4:12 com Rm
11:7-10. “A Palavra de Deus mostra quão profunda é a debilidade, ou melhor, a abtusidade
da mente humana, ao afirmar ser ela incapaz de [inerentemente] possui
discernimento espiritual (Calvino). É o “espírito de entorpecimento”. ‘torpor’:
ausência de respostas a estímulos comuns. Indiferença ou inércia moral. É
o estado característico de Efésios 2:1,
‘morto’. – para uma pessoas crer, Deus precisa abri seu coração. At 28:23-28; [At
13:48; 16:14] Precisamos estar plenamente conscientes de que não podemos
extrair qualquer proveito da Escritura se o Espírito de Deus não nos acompanhar
em nossa leitura e meditação. A Bíblia pode ser interpretada e entendida até
mesmo por um incrédulo ateu. Deus se acomodou a linguagem humana, é por isso
que um descrente pode entender a mensagem de salvação; pode entender que a
Bíblia ensina sobre um Deus soberano que enviou seu Filho para morrer e
ressuscitar por todos aqueles a quem ele escolheu antes dos tempos eternos; o
único problema é, mesmo entendendo tudo isso, o incrédulo não pode crer, ou não
aceitar esses ensinamento. Ou seja: Um incrédulo pode ler a Bíblia quantas
vezes for possível, ele jamais terá uma atitude de contrição, adoração e culto.
Sua mente jamais ficara cativa a vontade de Deus.Mas pelo contrário: O pecador
não regenerado é uma pessoa escravizada a desejos grosseiros. Calvino compara
este estado com o homem animal e o espiritual: “Uma vez que o espiritual denota o homem cujo
entendimento é regulado pela iluminação do Espírito de Deus, não pode haver
dúvida de que o animal significa o
homem que é deixado, por assim dizer, simplesmente numa condição natural [in
puris naturalibus]. Pois a alma [anima] pertence à natureza, mas o Espírito vem
de uma comunicação supernatural [ex dono supernaturali]. Para uma pessoa ser
salva (conf. Mc 4:12), Deus precisa querer [se observamos o texto com cuidado,
Jesus não parecia interessado na salvação deles]. Em segundo lugar, é
essencial, indispensável que o Espírito Santo ilumine os nossos olhos e abra
nossos corações para que entendamos e creiamos. João Calvino declara que “a
Palavra de Deus é uma espécie de sabedoria oculta, cuja profundidade a frágil
mente humana não pode alcançar. Assim, a luz bilhar nas trevas, até que o Espírito
abra os olhos ao cego... só quando Deus irradia em nós a luz de seu Espírito é
que a Palavra logra produzir algum efeito”.
Ainda comentando 1ª Coríntios 2:12 ele diz:
“A palavra conhecer é usadas, a fim
de externar mais plenamente a convicção da confiança. Não obstante, notemos bem
que AA mesma não é obtida por vias naturais, nem é assimilada por nossa
capacidade mental de compreensão, senão que depende completamente de revelação
do Espírito”. “Rm 9:16; Fp 2:13; Jo 6:37,39; 6:65; 15:15…
3º. Expiação Limitada. O que é isso? (A pergunta inteligente é: Por quem Cristo morreu?). É a idéia de que a expiação de Cristo foi designada pelo Pai como
único meio pelo qual ele levaria seus eleitos à salvação. ”Para entendermos por que é limitada,
precisamos compreender o que é expiação. A expiação foi a obra substitutiva de
Cristo na cruz em nosso favor e em nosso lugar. Cristo salva a todos sem
acepção, mas não a todos sem exceção. A doutrina do universalismo, que todos,
sem exceção, serão salvos não tem amparo nas Escrituras. Cristo não morreu para
possibilitar a nossa salvação; ele morreu como nosso substituto, para efetivar
a nossa salvação. Cristo morreu pela sua igreja (Ef 5.25), pelas suas ovelhas
(Jo 10.11). Aqueles são escolhidos, são chamados e justificados no sangue de
Cristo e todos aqueles que são justificados, nos decretos de Deus, já estão
glorificados (Rm 8.30). A morte de Cristo, portanto, foi substitutiva. Ele
pagou a nossa dívida. Ele carregou em seu corpo nossos pecados sobre o madeiro.
Nossas transgressões foram lançadas sobre ele. Ele morreu pelos nossos pecados
ao se fazer pecado por nós. Ele
satisfez completamente as demandas da lei em nosso lugar. Agora, estamos quites
com a justiça de Deus e com a lei de Deus. Por isso, não pesa mais nenhuma
condenação sobre aqueles que estão em Cristo Jesus. Oh, bendita salvação!” (Hernandes
Dias Lopes).
1 Pedro 2:9; Ef 5:25; 1:4-5; João
10:15;10:25; Jonas 2:9c. Ø
A conversão composta de arrependimento e fé é um dom de Deus. O arrependimento
é algo concedido (At 11:18). De quem é a
fé? Ef 2:8,9; Ts 3:2; Tt 1:1.
4º. Graça Irresistível. O que é isso? É a doutrina teológica do chamado eficaz,
ou seja, quando o Espírito Santo chama as pessoas e efetua a regeneração, essa
obra da graça divina é tão poderosa que nenhuma resistência humana pode superar. “O mesmo Deus que elege, também chama seus
eleitos. Há dois chamados: um externo e outro interno. Há um chamado dirigido
aos ouvidos e outro ao coração, um chamado geral e outro específico. Muitos são
chamados, mas poucos escolhidos. As ovelhas de Cristo ouvem sua voz e o seguem.
Jesus disse: Ninguém pode vir a mim se o Pai não o trouxer. A fé vem pelo ouvir
e ouvir a Palavra de Cristo. Esse chamado pode ser resistido temporariamente,
mas não finalmente, pois a Escritura diz: "Aos que Deus predestinou, a
esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que
justificou, a esses também glorificou". (Hernandes Dias Lopes).
Continuando o exame das Escrituras: Jr 31:3; Jo
6:44; Ef 2:2-5; At 16:14;
5º. Perseverança dos Santos. O que é isso? É a posição
teológica sustentada na Palavra de Deus da eterna segurança que afirma que, uma
vez que está num estado de graça, a pessoa permanecerá nesse estado para
sempre. “Aqueles que foram
escolhidos por Deus na eternidade, chamados por Deus na história, justificados
pelo sangue de Cristo e selados com o Espírito Santo da promessa têm a garantia
da vida eterna. Jesus dá às suas ovelhas a vida eterna. Essas ovelhas estão
seguras em seus braços e ninguém as arrebatará das suas mãos. Aquele que
começou a fazer a boa obra em nós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus.
Na verdade, nada neste mundo nem no porvir pode separar-nos do amor de Deus que
está em Cristo Jesus. O mesmo Deus que nos dá a salvação nos assegura a
salvação. Podemos tomar posse da vida eterna e ter a certeza da vida eterna,
pois Deus Pai nos escolheu, Deus Filho nos remiu e o Deus Espírito Santo nos
regenerou e nos selou para o dia da redenção. Glória ao Deus Triúno por tão
grande salvação! (Hernandes Dias Lopes).
Fp 1:6; Jo 10:28; 10:18; 2 Tm 1:12; Rm 8:31-39; Hb 13:5b; Is 49:15;
43:2; 46:4; Jo 6:51; 4:14.
Rev. Misael Ferreira de Oliveira
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
MODELO MACEDÔNIO – II
Programa de Administração
Missionária
“A serviço dos santos pobres” (Rm 15:25,26)
“recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres; o que também procurei fazer com
diligência” (Gl 2:10).
“Mas, agora, estou de partida para
Jerusalém, a serviço dos santos. Porque aprouve à Macedônia e à Acaia levantar
uma coleta em benefício dos pobres
dentre os santos que vivem em Jerusalém.”
(Romanos 15:25-26).
“Por causa da opressão dos pobres e do gemido dos necessitados, eu me levantarei agora, diz o
SENHOR; e porei a salvo a quem por isso suspira” (Salmo 12:5).
“Acaso não é este o jejum que
escolhi? que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do
jugo? e que deixes ir livres os oprimidos, e despedaces todo jugo?
Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em
casa os pobres desamparados? que vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua
carne? Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente
brotará, e a tua justiça irá adiante de ti; e a glória do Senhor será a tua
retaguarda”. (Isaías 58:6-8).
O MODELO MACEDÔNIO para a missão
integral da igreja juntando ortodoxia e ortopraxia tem suas raízes
aprofundadas nos Sagrados Escritos do Antigo Testamento (Sl 12:5;Is 58:5-10
Ne 1), no ministério terreno de Jesus (Lc 4:18; 6:38), nas atividades diárias
da Igreja Primitiva (At 2:42-46; 4:32-34), com o seu apogeu na teologia e
ministério do apóstolo Paulo (2 Co 8:3-5; 9:6-11; Gl 2:10; Fp 4:10-19;1 Tm
6:6,17-19) exarados nos Sagrados Escritos do Novo Testamento. “As
advertências de Paulo baseiam-se no pressuposto de que um mundo de grande
desigualdade material é um mundo que é dominado por falsos deuses, por fontes
vazias de segurança (1ª Tm 6:7,17). Se os ricos observassem o seu ensino, eles
deixariam de ser ricos, e os pobres deixariam de ser pobres” (V. Ramachandra –
A Falência dos deuses, p, 63).
Por volta de 700 a.C. Isaías já trazia temas
sobre injustiças sociais, roubos e perjuro dos mais ricos contra os pobres que
hoje nos são tão familiares, especialmente por vivermos na América Latina, onde
a desigualdade social e problemas vinculados à pobreza são tão conhecidos. O
profeta insistia nesse tema desde o inicio de seu ministério (Is 1:17,23; 3:5;
5:1-30 – Os dias de Isaias são semelhantes aos nossos, onde os defensores dos
pobres não deveriam mais ser encontrados na cidade). A diferença dos dias
atuais, é que outros profetas se uniram ao mesmo lamento e imprecações contra
os pecados cometidos contra o próximo (Os 6:4-6; Am 5:23-24; Mq 6:6-8). Se tem
um efeito que Deus espera na conduta cristão diária é uma sensibilidade maior
para com os pobres. O culto que agrada a Deus tem sua base em Isaías 58 e
Mateus 25:31-46.
Por quase todo o transcurso da história, os
grandes pensadores e pregadores da Igreja Cristã têm afirmado os direitos
econômicos dos pobres: Ambrósio, João Crisóstomo, Basílio de Cesaréia e muitos
outros grandes vultos da história, não apenas trouxeram à lembrança a relativa
“boa ação” do dever da caridade para com os pobres, mas também insistiram no
direito de acesso, pelo pobre, a adequados meios de sustento.
A história nos fala de Santo Agostinho - bispo
de Hipona: “Ele vive em comunidade, tentando seguir o ideal das
primeiras comunidades cristãs, na pobreza e na partilha. A comunidade eclesial
de Hipona estava formada em sua grande maioria por pobres. Agostinho se fazia a
voz destes pobres, falando por eles na Igreja, indo até as autoridades para
interceder por eles e ajudando-os naquilo que podia. Entre as funções que o
bispo tinha estava a de administrar os bens da Igreja e repartir o seu
benefício entre os pobres, também a de acolher os peregrinos, ser protetor dos
órfãos e viúvas... Agostinho realiza todas elas como um serviço aos pobres e à
Igreja”.
"O pão que
você guarda consigo pertence ao faminto; o agasalho que você deixa dentro do
seu armário, ao desnudado; os sapatos que você possui e que estão apodrecendo,
ao que está descalço; o ouro que você tem muito bem guardado, ao necessitado.
Portanto, todas as vezes que você teve condições de ajudar alguém, e recusou-se
a isso, você então lhes fez um mal" (Vinoth Ramachandra sitando o grande
pai da Capadócia, Basílio da Cesaréia em: “A Falência dos deuses” p. 64 - ABU
editora. - Ver também: Patrística: Homilia sobre Lucas 12:16-21).
Os reformadores do séc. XVI não se esquivaram
desde ministério. Em muitas oportunidades, João Calvino condenou severamente a ganância e a insensibilidade dos ricos, porque ele
estava preocupado com que as dádivas de Deus fossem usadas para o benefício de
toda a comunidade do povo de Deus. Graham argumenta que não foi ao ascetismo
que Calvino conclamou os ricos de Genebra, mas à regra do amor:
“De fato, se existe um tema central no pensamento social e econômico de Calvino, é que a riqueza vem de Deus a fim
de ser utilizada para auxiliar os
nossos irmãos”. Um dos textos
que João Calvino utiliza mais frequentemente
nos seus escritos e ensinos é o
apelo de Isaías ao homem rico de Israel: “… e não te escondas do teu semelhante”
(58:7), que ele interpreta como uma referência ao “teu pobre”. Em outro sermão,
ele pondera: “Deus mistura os ricos e os
pobres para que eles possam
encontrar-se e ter comunhão uns com os outros, de modo que os pobres
recebam e os ricos repartam”. Os pobres são irmãos e devem ser tratados como tais. Graham
pondera: “Não existe uma beneficência fria no plano calvinista; a beneficência
deve ser praticada com compaixão”. A contribuição não deve ser uma expressão de
legalismo, mas de espontaneidade e
liberalidade (2 Co 9:7).
O que está acontecendo com a gente? O que está acontecendo com a Igreja nos
últimos dias? Por que deliberadamente se afastou tanto dessa missão? Assumindo
uma conduta tão contrária a do próprio Senhor Jesus (Mt 25:31-46; Lc 4:18; At
10:38). Por que os pobres não despertam mais nenhum interesse para a igreja? “...
essa gente tão igual a nós está só porque passamos longe demais!” (G. Logos). A
razão pode ser sintomática e diagnosticada nas palavras do Pr. Carlos Queiroz:
“A falta de pão na mesa do pobre pode ser uma denuncia da falta de
espiritualidade no altar dos cristãos... tem havido muita contradição entre a
mesa do pobre e o altar suntuoso dos cristão – a falta de pão na primeira pode
ser uma denúncia da ausência da espiritualidade no segundo”.
Rev. Misael Ferreira de Oliveira.
Assinar:
Postagens (Atom)