Um protesto ao moderno e atual Protestantismo.

Segundo o dicionário Aurélio, Protestar significa: Prometer terminantemente, publicamente. 2. Afirmar solenemente. 3. Declarar formalmente que se tem uma coisa por ilegal.Com convicção, esses adjetivos, estavam presentes e marcaram a história do século XVI onde culminada em Martinho Lutero a voz de uma inquietação e inconformidade veio à tona e ecoou.

A sociedade estava corrompida. Os valores estavam corrompidos. A Igreja estava corrompida. O culto e a teologia estavam corrompidos (II Reis 17:33,34; Jr 5:30-31). O grito liberado da garganta foi transliterado em 95 Teses afixadas por Lutero na porta da Capela de Wittenbeg a 31 de outubro de 1517, fundamentalmente “Contra o Comércio das Indulgências”. Movido em prol do esclarecimento da verdade, sua revolução foi apelidado de Protestantismo, pelo seu protesto contra aquilo que inquiria ele ser incorreto. Quase 500 anos se passaram. O mundo mudou, as pessoas mudaram, os valores mudaram, a Igreja mudou. O final do século XX e início do nosso século tem se mostrado como o período ‘das trevas’ do movimento protestante. O período inquisitório da idade média foi menos prejudicial à Igreja do que o momento atual. A Inquisição foi marcada por vendas de indulgências e de terrenos no céu. No atual momento, os fiéis são ludibriados pelos seus líderes, mas não por terrenos no céu. O auge da Teologia da Prosperidade é marcado por escândalos financeiros na Igreja, e a promessa de muitos, que enganados por uma falsa expectativa de fortuna na Terra, compram sua esperança de emergência financeira dando muitas vezes mais do que possuem. (A igreja passou a ser um lugar para mercadejar (barganhar, negociar) o evangelho (2 Co 2:17), a partir de então, as pessoas passaram a servir a Deus pelo que ele faz, e não pelo que ele é. Elas vão à igreja não à procura de doutrina, mas de alívio e soluções imediatas para seus problemas existenciais. Não vão buscar mandamentos, e sim consolos. Não estão interessadas no perdão de Deus oferecido em Cristo, mas explicação para suas angústias e dificuldades. A igreja então passou a ser procurada como um grande mercado e Deus, como um grande mercador). Ora, se pudesse ser escolhido um destes momentos como o menos prejudicial, se daria o fato de que é melhor ser enganado por querer o céu do que por querer a Terra. O Protestantismo atual está cada vez mais recuado, a invasão mundana conquista territórios dias após dias. Lobos furiosos, carreiristas, profissionais do púlpito, marqueteiros ardilosos e sutis dilapidam as Escrituras, destronam Cristo do centro da Igreja. O Neo-Evangelicalismo tornou o culto um produto de consumo, uma terapia de grupo bem remunerada. É por essas e por muitas outras razões que precisamos de uma reforma religiosa hoje! Rev. Misael F. de Oliveira.

Os Cinco Solas da Reforma Protestante

Os cinco solas são frases latinas que surgiram durante a Reforma Protestante e princípios fundamentais da Reforma Protestante em contradição com o ensinamento da Igreja Católica Romana da época. 

A palavra latina "sola" significa "somente" em Português. Os cinco solas sintetizam os credos teológicos básicos dos reformadores, pilares os quais creram ser essenciais da vida e prática cristã. Todos os cinco implicitamente rejeitam ou se contrapõe aos ensinamentos da então dominante Igreja Católica, a qual tinha na mente dos reformadores usurpado atributos divinos ou qualidades para a Igreja e sua hierarquia, especialmente seu superior, o Papa. São eles:

♦ Sola fide ("Somente a Fé", ou a exclusividade da Fé como meio de Justificação ð Romanos 5:1; Hebreus 11:1,6; Tito 1:1);

♦ Sola scriptura ("Somente a Escritura", ou a autoridade e suficiência das Escrituras ð Deut. 4:; Ap 22:18-20; 2 Tm 3:16-17);

♦    Solus Christus ("Somente Cristo", ou a suficiência e exclusividade de Cristo. ð João 14:6;  Atos 4,8-121 Timóteo 2:5-6a);

♦    Sola gratia ("Somente a Graça", ou a única causa eficiente da salvação. ð Efésios 2:8);

♦   Soli Deo gloria ("A Deus somente, a glória", ou a exclusividade do serviço e da adoração a Deus. ð Êx 20:2-6; Deut. 6:4-25;Mc 12:29-30; Mt 4:10; Rm 11:33-36). - 31 de outubro: 494 anos da Reforma Religiosa (15717 a 2011). Por que precisamos de uma nova REFORMA RELIGIOSA nos dias atuais?

Visita com distribuição de Bíblias ao Campo Missionário de Avaré – Norte paulistano. A missionária Silmara Costa recebe uma Bíblia Histórica do Sesquicentenário da IPB das mãos do Rev. Misael (Em 16/10/2011).

Federação de SAF’s de Nova Iguaçu – RJ. Fazendo missões e apoiando o trabalho missionário do Rev. Misael.

“Todavia, fizestes bem, associando-vos na minha tribulação. E sabeis também vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da Mecedônia, nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, se não inicamente vós outros” (Fp 4:14-15). Os membros desta igreja cristã se associaram a causa do evangelho no ministério do apostolo Paulo. A missão da Igreja quanto a sua responsabilidade missionaria e social não são e nem pode ser realizada individualmente. A Igreja do Senhor é um corpo (1º Coríntios 12:12-31) que somente com todos os seus membros saudáveis e perfeitamente sincronizados na mesma direção, pode fazer uma grande obra para a glória de Cristo. Se a filosofia empresarial é: “Ninguém é empreendedor sozinho” (L. Marins), com a igreja não pode ser diferente. Nesta proposta missionária de levar auxílio aos campos missionários no Nordeste, bem como levar as Boas Novas do Evangelho por todos os lugares possíveis, temos contado com o apoio voluntário de muitos irmãos e igrejas. As irmãs das SAF’s são as maiores cooperadoras como força de intregação missionária. Tal como a igreja em Filipos, elas se associaram a causa do evangelho. Conf. Sinodal de SAF’s, Federação de Queimados e Federação Nova Iguaçu.  É digno de nota o amor demonstrado também pelas igrejas: 1ª Igreja Presbiteriana de Nilópolis (a pioneira do projeto), Igreja Presbiteriana de Engenheriro Pedreira, Igreja Presbiteriana de S. Roque – Queimados. Igreja Presbiteriana de Jardim Ulisses e Igreja Presbiteriana de Boa Esperança – Nova Iguaçu respectivamente. Igrejas do Presbitério ‘Serra Azul’. Com esse apóio, com essa parceria, milhares de Bíblias e doações (isso mesmo: milheres) têm sido distribuidas gratuitamente em solo brasileiro – do Nortesdeste ao Sul – mas principalmente as regiões carentes do Sertão nordestino. Campos missionários, igrejas e pequenas congregações têm sido assistidas anualmente (Consulte: www.projetomacedoniamisael.blogspot.com > clik em ‘publicações antigas’ e acompanhe nosso trabalho). A próxima viagem missionária – rumo ao Nordeste está se aproximando. Vários campos estão na nossa lista e nos aguardam com ‘ansiedade!”. ‘Associe-se’ a esta causa, a causa do Senhor. ‘Agregue-se’. Abrace essa idéia

O Projeto “Macedônia” (At 16:9) é para quem sai andando e chorando enquanto semeia (Sl 126:5,6), fazendo missões em solo árido com as sementes disponíveis em nossas mãos! Você pode acrescentar a ‘Semente’ e ampliar o plantio. Para ajudar, para abraçar, para ser um canal de bênção, você muitas vezes não precisa ir, mas você impreterivelmente precisa associar-se a causa. Seja um cooperador missionário. Desta forma, você estará presente com aqueles que vão. Seja um “suporte” na missão do evangelho. Torne-se um “parceiro desse projeto”. Se - associe nas

A Bíblia na evangelização do mundo

“Sem a Bíblia, a evangelização do mundo seria não apenas impossível, mas também inconcebível. A Bíblia impõe-nos a resposabilidade de evangelizar o mundo, dá-nos um evangelho a proclamar, diz-nos como fazê-lo e declara-se o poder de Deus para a salvação de cada crente.

Além disso, é fato notável, na história passada e contemporânea, que o grau de compromisso da Igreja com a evangelização do mundo é proporcional ao grau de sua convicção da autoridade da Bíblia. Sempre que o cristão perde a confiança na Bíblia, seu zelo pela evangelização acaba se esvaziando. Inversamente, se ele estiver convencido acerca da Bíblia, estará também determinado a evangelizar.”

(John R. W. Stott. Perspectivas no Movimento Cristão Mundial. P.19)

A Igreja Local e Missões

A Igreja local é a base para missão, evangelização e plantação de novas igrejas.

“E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo.“ (Atos 6.42).

Minha proposta é buscar na Palavra de Deus uma compreensão um pouco mais abrangente da grande importância da igreja local na tarefa missionária.

Creio que cada igreja local precisa fortalecer sua visão missionária e assumir uma posição bem definida e participativa na obra de missões. “A obra missionária é basicamente uma responsabilidade da igreja local, pois esta é o celeiro de missionários. É da igreja local que saem os recursos para as missões e por ela devem ser administrados. Ela é que deve se preocupar com os grupos não alcançados da cidade, da região e de todo o mundo... A igreja local, uma vez que compreenda sua importância para as missões, não pode transferir essa responsabilidade. Nenhuma agencia missionária, denominacional ou não, poderá assumir a responsabilidade da igreja local. Não estou dizendo que tais instituições devam desaparecer. Na verdade, elas têm seu papel e sua importância. Contudo, vemos hoje essas agências ultrapassarem seus limites, assumindo as funções da igreja e chegando a decidir boa parte da vida do missionário: ministério, local de trabalho, sustento finenceiro, transferência, entre outros aspectos. Definitivamente, a igreja local precisa assumir sua parte, precisa deixar de transferir para outras organizações o que é tarefa sua. Da igreja local é a visão e a vocação. A transferência dessa responsabilidade resultará em dormência e no distanciamento de seu dever para a obra missionária”. (Carlos Del Pino – Perspectivas no Movimento Cristão Mundial. P. 139,142)

              A igreja local precisa conscientizar-se e ver a si mesma como a principal agência missionária da face da terra. Ela deve orar com isso em mente, agir com isso em mente, pregar com isso em mente, trabalhar com isso em mente.

           Acrescento ao que foi dito o comentário de John Stott: “A dimensão global da missão cristã é irresistível. O cristão individual e as igrejas locais que não se comprometem com a evangelização do mundo estão contradizendo, por cegueira ou por desobediência, uma parte essencial de sua identidade, a qual provém de Deus. O mandato bíblico para a evangelização do mundo não pode ser ignorado”.

rev_{_}­misael@superig.com.br

“Quando o Filho do Homem vier como Rei, com todos os anjos, ele se sentará no seu trono real. Todos os povos da terra se reunirão diante dele, e ele separará as pessoas umas das outras, assim como o pastor separa as ovelhas das cabras. Ele porá os bons à sua direita e os outros, à esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: “Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo. Pois eu estava com fome, e vocês me deram comida; estava com sede, e me deram água. Era estrangeiro, e me receberam na sua casa. Estava sem roupas, e me vestiram; estava doente, e cuidaram de mim. Estava na cadeia, e foram me visitar... Depois o Rei dirá aos que estiveremà sua esquerda: “Afastem-se de mim, vocês que estão debaixo da maldição de Deus! Vão para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos” Pois eu estava com fome, e vocês não me deram comida; estava com sede, e não me deram água. Era estrangeiro, e não me receberam na sua casa; estava sem roupas, e não me vestiram. Estava doente e na cadeia, e vocês não cuidaram de mim”. (Mt 25:31-46 – BLH)

Esse texto proferido por Jesus contém lições que demandam atenção especial de nossa parte. Aqui Jesus nos diz que o juízo final será um julgamento baseado em critérios muito simples. O Juízo Final será um julgamento de acordo com as evidências. As obras dos homens serão as testemunhas que serão trazidas a frente, sobretudo suas obras de caridade. A questão a ser esclarecida será não apenas o que dissemos, mas o que fizemos; não será meramente aquilo que professamos, mas sobre o que realizamos. A autenticidade de nossa fé será testada pela qualidade de nossa vida. A fé que não tem obras, por si só está morta. (Tg 2:17). A grande dificuldade de muitos naquele dia, vai estar intrinsecamente ligado entre ORTODOXIA e ORTOPRAXIA. Entre doutrina e aplicabilidade. Ou seja: Entre o evangelho propagado (pregado) e o Evangelho praticado. “Kérigma” (pregação) “ergon gar kalon érgássto eis émé”. Ou seja: as boas obras para com Deus e o próximo (Mt 26:10). Kérigma e érgassto (pregação e ação). Entre o evangelho dos púlpitos e o evangelho da vida de Romanos 12:1. Entre o evangelho da FALA e o que vai lá e FAZ. Pois muitos são aqueles que afirmam crer nas Escrituras como única regra de fé e pratica, mas a negam na pratica. O critério de julgamento será pelas evidências éticas sociais: “tive fome”, “tive sede”. Jesus nos ensina que o critério último pelo qual cada ser humano, cada consciência humana nesse planeta vai ser julgado, é o critério do AMOR que foi capaz da solidariedade, ou da OMISSÃO que foi capaz daquele homicídio calado, vendo o outro morrendo sem fazer nada! Jesus nos diz que naquele dia, a humanidade vai ser reunida na presença de Deus. E Ele diz que cada consciência humana vai ter a chance de descobrir, de perceber o que a pessoa fez na vida, como ele foi capaz de AMAR. E Ele diz que vai separar uns dos outros (ovelhas de bode). Colocará uns de um lado... E vai dizer-lhes: “Vocês vão ficar aqui separados de mim é porque vocês quiseram viver separados de Deus e do próximo e de si mesmos (ver: versos 42-43). Jesus diz que o inferno é para os egoístas e insensíveis que não são capazes de AMAR. Para os que se recusam a prática do bem, da caridade para com o seu semelhante. “Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo” (Tg 2:13). Por isso, quem se afastou do próximo, se afastou de Deus. Quem se afastou de Deus se afastou do próximo. Quem quer viver afastado de Deus e do próximo, vai viver sozinho eternamente! E o inferno é isso. Solidão, separação. Ausência total de Deus. Inferno, antes de ser um lugar de cha!!!!mas... São todas essas figuras para caracterizar um determinado estado de sofrimento. Mas o inferno, antes de qualquer coisa, é sobre tudo um lugar de solidão, onde o ser egoísta vai viver seu egoísmo. Onde o ser que não quis conexão com ninguém, vai viver desconectado (separado). Onde o ser que não queria ser solidário para com Deus e para com o próximo, vai viver todo o tempo, toda eternidade para si mesmo.