quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Um protesto ao moderno e atual Protestantismo.


Segundo o dicionário Aurélio, Protestar significa: Prometer terminantemente, publicamente. 2. Afirmar solenemente. 3. Declarar formalmente que se tem uma coisa por ilegal.Com convicção, esses adjetivos, estavam presentes e marcaram a história do século XVI onde culminada em Martinho Lutero a voz de uma inquietação e inconformidade veio à tona e ecoou.
A sociedade estava corrompida. Os valores estavam corrompidos. A Igreja estava corrompida. O culto e a teologia estavam corrompidos (II Reis 17:33,34; Jr 5:30-31). O grito liberado da garganta foi transliterado em 95 Teses afixadas por Lutero na porta da Capela de Wittenbeg a 31 de outubro de 1517, fundamentalmente “Contra o Comércio das Indulgências”. Movido em prol do esclarecimento da verdade, sua revolução foi apelidado de Protestantismo, pelo seu protesto contra aquilo que inquiria ele ser incorreto. Quase 500 anos se passaram. O mundo mudou, as pessoas mudaram, os valores mudaram, a Igreja mudou. O final do século XX e início do nosso século tem se mostrado como o período ‘das trevas’ do movimento protestante. O período inquisitório da idade média foi menos prejudicial à Igreja do que o momento atual. A Inquisição foi marcada por vendas de indulgências e de terrenos no céu. No atual momento, os fiéis são ludibriados pelos seus líderes, mas não por terrenos no céu. O auge da Teologia da Prosperidade é marcado por escândalos financeiros na Igreja, e a promessa de muitos, que enganados por uma falsa expectativa de fortuna na Terra, compram sua esperança de emergência financeira dando muitas vezes mais do que possuem. (A igreja passou a ser um lugar para mercadejar (barganhar, negociar) o evangelho (2 Co 2:17), a partir de então, as pessoas passaram a servir a Deus pelo que ele faz, e não pelo que ele é. Elas vão à igreja não à procura de doutrina, mas de alívio e soluções imediatas para seus problemas existenciais. Não vão buscar mandamentos, e sim consolos. Não estão interessadas no perdão de Deus oferecido em Cristo, mas explicação para suas angústias e dificuldades. A igreja então passou a ser procurada como um grande mercado e Deus, como um grande mercador). Ora, se pudesse ser escolhido um destes momentos como o menos prejudicial, se daria o fato de que é melhor ser enganado por querer o céu do que por querer a Terra. O Protestantismo atual está cada vez mais recuado, a invasão mundana conquista territórios dias após dias. Lobos furiosos, carreiristas, profissionais do púlpito, marqueteiros ardilosos e sutis dilapidam as Escrituras, destronam Cristo do centro da Igreja. O Neo-Evangelicalismo tornou o culto um produto de consumo, uma terapia de grupo bem remunerada. É por essas e por muitas outras razões que precisamos de uma reforma religiosa hoje! Rev. Misael F. de Oliveira.


Nenhum comentário:

Postar um comentário